Por que é tão difícil migrar do Windows para o Linux?

Descubra por que ainda é difícil largar o Windows e migrar para o Linux: edição de vídeo, apps e ecossistema pesam na decisão.

Hoje quero compartilhar com vocês a minha experiência pessoal — ou melhor, os meus desafios — em tentar fazer a migração do Windows para o Linux. Quem acompanha meus vídeos aqui no canal já viu que há cerca de dois meses venho estudando o Linux com mais atenção. Isso tudo motivado pelo fim do suporte ao Windows 10 e por todo esse cenário de mudanças e incertezas em torno da Microsoft.

Apesar de o Linux estar ganhando cada vez mais força, ainda encontro alguns obstáculos que têm dificultado essa transição completa. Neste artigo, quero listar os três principais motivos que estão me segurando no Windows por enquanto.

1. Edição de vídeo ainda é um desafio

O principal motivo é também o mais importante para mim no dia a dia: a edição de vídeos. É com isso que eu trabalho, é aqui que está a base do meu conteúdo.

Hoje utilizo o Filmora, um editor leve, prático e que me atende super bem. O problema é que ele não está disponível para Linux. A alternativa que venho estudando há algum tempo é o DaVinci Resolve, um editor profissional da Blackmagic, que inclusive tem uma versão gratuita e compatível com Linux.

Mas aqui começam os problemas: o DaVinci Resolve oficialmente só funciona bem em distros baseadas no CentOS ou Rocky Linux — que são voltadas mais para servidores. Tentei instalar em outras distros como Zorin, Manjaro, Linux Mint e até agora não consegui rodar de forma estável. Estou com planos de testar o Pop!_OS, que parece ter mais compatibilidade, mas ainda não fiz isso.

Além disso, meu hardware também limita: uso um Ryzen 7 2700X com uma placa de vídeo RX 550 de 4GB — que não é recomendada para rodar o DaVinci Resolve. Para isso, terei que trocar para uma GPU da NVIDIA com suporte CUDA. Ou seja: não é só o sistema, é também o equipamento que pesa.

2. O ecossistema do Windows é confortável

Outro ponto que me segura no Windows é o ecossistema, especialmente com meu celular Samsung. Uso bastante o aplicativo “Vincular ao Celular”, que me permite espelhar a tela do smartphone no PC, pausar vídeos, responder mensagens e muito mais — tudo via Wi-Fi e de forma extremamente prática.

No Linux, até existem alternativas, mas nada que funcione com a mesma integração e simplicidade, pelo menos até onde sei. E como esse espelhamento de tela é algo essencial no meu fluxo de trabalho, fico preso ao Windows até encontrar uma solução equivalente e confiável no Linux.

3. Aplicativos que não têm versão nativa para Linux

O terceiro obstáculo são alguns aplicativos essenciais que não têm suporte oficial no Linux. Posso até usar alguns deles via navegador, mas outros ainda me fazem falta:

  • OneDrive: não tem cliente nativo, só funciona com gambiarras.
  • Canva: uso muito para criar capas de vídeos. Funciona via navegador, mas sinto falta de um app dedicado.
  • WhatsApp Desktop: também não tem versão oficial para Linux, apenas via WhatsApp Web.

Eu sei que a comunidade open source é incrível e oferece soluções para muita coisa, mas sinceramente, não gosto de ficar fazendo muitas gambiarras para que algo funcione. Gosto de usar ferramentas oficiais, simples, estáveis — instalei, abriu, funcionou. É isso que espero.

Conclusão: sigo testando, sem pressa

Apesar desses obstáculos, a vontade de migrar para o Linux continua firme. Já testei diversas distros: Zorin OS, Manjaro, Linux Mint, e agora vou tentar o Pop!_OS. Estou fazendo tudo com calma, tentando encontrar aquela distribuição que realmente funcione com meu fluxo de trabalho e seja simples de usar.

Não sei se um dia vou abandonar 100% o Windows — talvez acabe usando os dois sistemas em paralelo — mas quero, sim, chegar a um ponto em que o Linux seja minha principal plataforma.

E você? Já tentou migrar do Windows para o Linux?
Quais foram as suas maiores dificuldades? Comenta aqui no blog ou lá no canal, quero muito saber a experiência de vocês.

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